Quem inventou a internet?
A Internet como conhecemos surgiu em 1989 e tem sua criação atribuída a Tim Berners-Lee. Na prática, a tecnologia é bem mais antiga e pode ter suas origens traçadas até o final da década de 1960, quando experimentos demonstraram que era possível trocar informações entre diferentes computadores separados a longas distâncias.
A ideia de uma rede de computadores evoluiu de forma rápida a partir dos anos 1980, tendo finalmente aparecido de forma mais clara no Brasil em 1996, com a chegada dos primeiros provedores locais de acesso. Hoje, dados do Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação (Cetic.br) indicam que 134 milhões de brasileiros já possuem acesso à Internet, porção equivalente a 74% da população brasileira acima dos dez anos de idade.
Quem inventou a Internet e em que ano isso ocorreu?
A Internet que conhecemos hoje depende de uma série de tecnologias que funcionam, em muitas vezes, sem o nosso conhecimento. São protocolos que estabelecem regras e procedimentos para que computadores troquem informações por meio de conexões físicas, estabelecidas por cabos ou mesmo por sinais de rádio.
Os protocolos que estabelecem a espinha dorsal da Internet foram desenvolvidos ao longo de alguns anos por Vinton Cerf e Bob Kahn. As primeiras demonstrações de que a troca de informações entre diferentes computadores era possível através de longas distâncias se verificou em 1969, em um experimento conduzido por cientistas e pesquisadores das universidades de Stanford e Califórnia, nos Estados Unidos.
Já os protocolos de rede que efetivamente usamos hoje no acesso à Internet apareceriam mais tarde. Em 1980, Vinton Cerf e Bob Kahn finalizariam a criação do chamado protocolo TCP/IP, instituindo uma série de normas e padrões para a conexão de sistemas em escala muito maior.
Em 1989, Tim Berners-Lee usaria a estrutura desses protocolos como base para propor a World Wide Web (WWW), um sistema que permite que computadores acessem endereços de Internet e compartilhem dados pela rede, dando à Internet aquela que se tornaria a sua face mais "comercial" e aberta ao grande público.
O que é World Wide Web?
Como vimos antes, a estrutura fundamental da Internet é até bem antiga e diz respeito a normas que estabelecem um sistema de troca de dados por computadores. Essa estrutura, embora robusta e funcional (operando desde os anos 1980), não oferece muito valor ao usuário comum.
O que a criação da World Wide Web fez foi abrir espaço para a oferta de dinâmicas que tiraram a Internet dos laboratórios, universidades e departamentos de defesa do mundo para levá-la para dentro dos ambientes particulares, as casas.
A WWW institui formas pelas quais um dispositivo pode, usando protocolos de Internet, encontrar endereços de sites e acessar conteúdo dentro desses sites. Utilizando softwares específicos denominados navegadores, os usuários podem encontrar páginas na Internet por meio de seus endereços (as URLs, como "www.techtudo.com.br"), ou transferir arquivos e informações por meio da rede usando HTTP (baixar e enviar arquivos, assim como preencher um formulário ou conversar com alguém pela rede).
A distinção pode parecer sutil, mas ela existe: a Internet, em si, é uma coisa diferente, e é mais antiga que a web. A Internet compreende as tecnologias que são usadas para conectar sistemas e computadores por meio de redes que podem cobrir longas distâncias. Já a World Wide Web ("Rede Mundial de Computadores", em tradução livre) é uma série de padrões que possibilitam que a estrutura da Internet seja usada de forma comercial, doméstica e eficiente para comunicação, troca de informações e compartilhamento de dados por bilhões de pessoas.
Quando a Internet se popularizou no Brasil?
A Internet no Brasil é bem antiga. Na década de 1980, universidades brasileiras já faziam parte de redes que as conectavam a instituições de ensino superior dos Estados Unidos.
No entanto, a exploração comercial da Internet no Brasil só se tornaria uma realidade a partir de 1995, e com a chegada de provedores locais em 1996. Nesse ano, o país começou a desenvolver infraestrutura local própria e surgiram os primeiros provedores comerciais, oferecendo planos de acesso por meio de mensalidades. Com a crescente popularização dos computadores domésticos no fim dos anos 1990 e início dos 2000, a Internet foi ganhando espaço no país lentamente.
Provedores de acesso gratuito e a possibilidade de conexão usando apenas uma linha telefônica acabaram contribuindo para que cada vez mais lares ganhassem acesso à Internet. Estima-se que em 1997, cerca o acesso à rede chegava a 1,8 milhão de brasileiros.
Como surgiram Deep e Dark Web?
Os dois termos são diferentes. No caso da Deep Web, pode-se dizer que ela é tão antiga quanto a World Wide Web. O termo classifica todo conteúdo da Internet que não é indexado por buscadores — ou seja, não aparece nos resultados do Google e outros buscadores.
A classificação de Deep Web para material que escapa dos buscadores tem data e autor: a definição foi cunhada em 2001 por Michael K. Bergman, um cientista da computação. Bergman usou o termo ao fazer menção a outro estudo, de 1994, em que Jill Ellsworth cita "Invisible web" (ou "rede invisível", em tradução livre) como uma "Internet que não é visível em resultados de buscadores", indicando que a noção de deep web é mesmo bem antiga.
Já a Dark Web faz referência a um subgrupo de conteúdo inserido na Deep Web. O termo foi usado pela primeira vez em 2009, como referência direta a sites e conteúdos da World Wide Web que são inacessíveis nos buscadores, fazendo parte Deep Web, e dependem de software ou permissões especiais para serem acessados.
Como opera de forma oculta e tende a não coletar dados de seus usuários, como informações de localização, essa parcela da Internet acabou se tornando um espaço fértil para a ação de grupos de criminosos e hackers.
Com informações de Britannica, The Guardian, Kaspersky, The New York Times, Valor e RNP